CICLO-ESCALADA ANDINA

Depois de percorrido toda a extensao do rio bio bio inserido na cordilheira dos andes, passando pelo vulcao Callaqui, e depois de alguns dias de muita chuva e muita lama, estava enfim no próximo setor de escalada, em Antuco. O mal clima impediu a realizacao do que pretendia fezer na regiao, entre escalar em alguns sitios e subir algumas montanhas nevadas.


Segui para o próximo destino, o Valle do rio Maule e dos Condores. Novamente o clima atingiu severamente a regiao, impedindo a aproximacao devida a grande quantidade de neve acumulada. Mudei um pouco a programacao, passei pelo Parque Nacional das Palmas de Cocalan e me dirigi para Santiago, onde também me fui encontrar Turco, que apartir de entao passaria a me acompanhar na empreitada. De Santiago fomos conhecer os sitios de escalada mais clássicos.

Primeiro fomos escalar os negativos conglomerados de Las Chilcas, em meio a uma bela paisagem desértica. O potencial deste lugar é imenso, e escalamos durante 2 dias 16 fortes e belas vias esportivas, entre 6° a 8° grau.





De Las Chilcas nos dirigimos para o Cajon do rio Maipo, lugar de extrema beleza em meio a cordilheira. No cerro Sao Gabriel realizamos a escalada da uma bela via tradicional, a Colombianos (7b), onde desfrutamos das perfeitas fissuras graníticas.



Depois de 1 dia realizando esta escalada retornamos para Santiago e enfim nos dirigimos para o norte e para a Argentina, depois de ja estar 3 meses no Chile e ter cruzado 9 províncias.

Antes de nos dirigirmos as altitudes do passo, passamos pela Cuesta Chacabulco, onde estivemos um dia escalando 8 lindas vias no basalto da regiao, entre 6° a 9° grau.
Ja nos aclimatando com as subidas, cruzamos a cuesta e finalmente comecamos a subir a cordilheira para cruza-la para o outro lado.




Tardamos dois dias para subir os intermináveis caracóis e atingir cerca de 3800 m snm
no passo Cristo Redentor. Novamente estava na Argentina e uma longa e preciosa baixada nos fez avancar rápido, mesmo com a neve e baixa temperatura.







Chegamos a Uspallata e novamente tivemos que cruzar a cordilheira a quase 3000 m de altitude, baixado pelo outro lado pelo interminável caracol das 400 curvas de Vilavicenzio.


Finalmente chegamos a Mendoza, onde encontramos grande novos amigos e super buena onda. Daí partimos para um dos maiores objetivos da viajem, escalar em Los Arenales, e nesta época, em invernal. Subimos ao refugio a 2800 mm snm em meio a nevascas, e enfim nos abrigamos num lugar magnifico, em meio a altas montanhas nevadas a agulhas de granito.





Durante 5 dias, com temperaturas baixissimas e vento forte pudemos desfrutar das mais incríveis escaladas, nas agulhas El Fraile, Campanille, Cohete Lunar e Pared de Mitria. Realizados voltamos a Mandoza.











Felizes e Fortes, partimos agora para o Norte, a enfrentar mais um pouco de cordilheira e a conhecer os sitios de escaladas na regiao de San Juan.